holding empresarial

Você já deve ter ouvido falar em holding empresarial, mas pode não ter ideia dos obstáculos enfrentados diariamente por este modelo de negócio, que precisa gerenciar e controlar diversos processos em empresas diferentes dentro de um único grupo.

Neste artigo, vamos mostrar como uma holding opera na prática, destacando as diferenças com uma empresa comum, vantagens e desvantagens, melhores práticas de gestão e muito mais, confira! 

O que é uma Holding Empresarial?

Não é novidade que no mundo dos negócios existem diversas estruturas empresariais, cada uma com suas próprias características. Com a holding empresarial não é diferente: em termos gerais, se trata de uma estrutura corporativa na qual uma empresa detém participação majoritária das ações de outras empresas.

Na prática, uma holding tem a proposta de gerir uma ou mais empresas de uma só vez, alinhando processos, políticas e decisões estratégicas, coordenando toda a parte administrativa e financeira das organizações do grupo. 

Diferenças entre uma holding e empresa comum

Embora ambos os modelos de negócios tenham o objetivo principal de gerar lucro e crescer no mercado, existem diferenças marcantes entre uma holding e uma empresa comum. Especialmente em termos de estrutura e operação:

  • Estrutura e funcionamento

Holding empresarial: a principal função é coordenar e controlar atividades das empresas de um mesmo grupo, como uma “empresa-mã”. Geralmente, não se envolve diretamente na produção de bens ou serviços, mas sim, na gestão e tomada de decisões estratégicas em relação às subsidiárias.

Empresa comum: possui uma estrutura própria e independente, atuando em um setor específico da economia, com a produção de bens ou serviços para comercialização no mercado. Possui sua própria estrutura organizacional, realiza estratégias e toma decisões sem a interferência direta de outras empresas.

  • Objetivos estratégicos

Holding Empresarial: entre os objetivos estão, por exemplo, diversificação de investimentos, maximização de lucros e a redução de riscos por meio da gestão de um portfólio de empresas.

Empresa Comum: geralmente tem um objetivo mais específico, como a produção e venda de um determinado produto ou serviço, com estratégias focadas na melhoria da eficiência operacional, o aumento da participação de mercado e a satisfação dos clientes dentro da sua área de atuação.

  • Gestão Financeira e Controle

Holding Empresarial: possui uma estrutura financeira complexa, com várias fontes de receita provenientes das subsidiárias. A gestão financeira da holding é focada na alocação eficiente de recursos entre as empresas do grupo, com foco no retorno expressivo sobre o investimento.

Empresa Comum: normalmente possui uma estrutura financeira mais simples, com a maioria de suas receitas provenientes da venda de seus próprios produtos ou serviços. A gestão financeira é voltada para processos mais simples, como contas a pagar e receber,  o gerenciamento do fluxo de caixa, entre outros. 

Exemplos de holding no Brasil

 Se você ainda não conseguiu visualizar o que é uma holding empresarial, pense nos modelos de negócios de conglomerados de empresas que constituem, por exemplo, o grupo Alpargatas, detentor da marca Havaianas, Itaú, Ambev, Grupo Votorantim, Grupo J&F, entre muitos outros. 

Modelos de negócio: holding x joint venture x truste

Muita gente ainda confunde estes três modelos de negócios, por isso, vamos explicar as diferenças entre uma holding empresarial, joint venture e truste. Como falamos anteriormente, a holding é uma empresa que detém ações majoritárias de outras empresas, exercendo assim, controle sobre suas subsidiárias.

Já uma joint venture é uma espécie de parceria temporária entre duas ou mais empresas, para realizar um projeto específico em parceria ou mesmo atingir um objetivo em comum. As empresas participantes contribuem com recursos, conhecimento e capital para este propósito que tem prazo definido após a conclusão do processo. 

O truste ocorre quando várias empresas do mesmo segmento se unem para formar uma grande organização. Neste modelo de negócio, as empresas abrem mão das suas respectivas autonomias e se fundem em uma única só para dominar o mercado. Inclusive, por causa deste monopólio, o truste é ilegal em diversos países, inclusive o Brasil. 

Em resumo: enquanto uma holding detém participações em outras empresas, uma joint venture é uma parceria temporária entre empresas para um projeto específico, e um truste é uma fusão de empresas do mesmo setor para monopolizar o mercado.

Vantagens de uma holding empresarial

 Entre os benefícios deste modelo de negócios, podemos citar:

  • Centralização de controle, facilitando não só a tomada de decisões estratégicas para todas as empresas do grupo, como também a implementação de políticas corporativas e cultura organizacional consistente;
  • Economia em escala, com a redução dos custos operacionais e aumento da eficiência das empresas do grupo;
  • Vantagens financeiras e tributárias, o que permite um melhor planejamento fiscal para as empresas;
  • Gestão de recursos humanos centralizada, o que facilita a realocação de pessoas entre as empresas do grupo, permitindo maior retenção de talentos;
  • Mais flexibilidade para se adaptar às mudanças no ambiente dos negócios.

Desvantagens e problemas enfrentados por uma holding

Pelo tamanho e complexidade organizacional, uma holding pode enfrentar alguns obstáculos na gestão. Entre os mais comuns, estão: 

  • A coordenação eficaz das operações e implementação de estratégias consistentes, já que cada empresa, mesmo no grupo, costuma ter suas particularidades;
  • Conflitos de interesse entre as subsidiárias, o que pode causar problemas de diferentes prioridades, objetivos e incentivo, dificultando assim a tomada de decisões que beneficiam todo o grupo;
  • Gestão de riscos, já que holding empresariais podem enfrentar riscos financeiros, operacionais e de reputação que podem impactar negativamente o desempenho do grupo;
  • Problemas com comunicação integrada e colaboração entre as equipes, fazendo com que informações importantes se percam pelo caminho;
  • Dificuldades para inovar em um ambiente de negócios predominantemente hierárquico.

Como ter mais controle e visibilidade nas operações do grupo?

 Uma holding empresarial tem uma estrutura sólida para maximizar o controle das operações de um grupo de empresas. Mas, como é possível ter mais visibilidade dos processos em uma organização com um conjunto de empresas diferentes?

  1. Com a implementação de sistemas de gerenciamento de negócios

Softwares de automatização de fluxos de trabalho e gestão de processos como o BPM (Business Process Management ou Gerenciamento de Processos de Negócios) aumentam o controle e visibilidade das operação do grupo

 Uma plataforma como o Qntrl, por exemplo, permite monitorar e analisar os processos das empresas, analisar dados financeiros e operacionais, além de desempenho em tempo real. E, ainda, permite integrações com outros sistemas de gestão, como um CRM (gestão de relacionamento com o cliente) por exemplo e aplicativos que a empresa já usa. 

  1. Com a padronização dos processos

Para promover a consistência operacional de toda a organização, bem como ter visibilidade de tudo o que acontece nas subsidiárias em um único lugar, é preciso estabelecer processos padronizados, para que todos estejam na mesma página sempre. 

Isso inclui não só a definição de políticas de governança colaborativa, como também, diretrizes de conformidade e padrões de qualidade nos produtos e serviços oferecidos pelas empresas do grupo. 

  1. Por meio da comunicação eficiente

Da mesma forma, manter canais de comunicação e colaboração entre as equipes abertas entre a holding e as empresas do grupo é fundamental para alinhamentos estratégicos e compartilhamento de informações relevantes. 

Na prática, promover uma cultura de comunicação aberta e transparente garante que todos os colaboradores, lideranças em stakeholders estejam cientes dos objetivos, metas e estratégias do grupo.

  1. Com estratégias de melhoria contínua

Definir e monitorar indicadores de desempenho em todas as empresas do grupo permite uma avaliação sistemática do progresso das companhias em relação aos objetivos estratégicos da holding como um todo. Proporciona, ainda, uma visão clara do desempenho de cada uma das empresas - e identificar as melhorias em tempo real. 

Este processo contínuo oferece embasamento para tomada de decisões de forma ágil e informada, garantindo não só a saúde financeira da holding como também o crescimento a longo prazo de todo o grupo. 

  1. Com capacitação e desenvolvimento das equipes

Com processos bem definidos, especialmente no RH das empresas, é possível planejar de forma estratégica o desenvolvimento de colaboradores de todas as empresas do grupo, incluindo treinamentos, mentoria de lideranças e oportunidades de progressão na carreira. 

Todas essas estratégias para aumentar o controle e visibilidade de uma holding empresarial fazem com que uma holding consiga gerenciar melhor os riscos e implementar ações eficazes para promover o crescimento sustentável dos negócios em um ambiente empresarial cada vez mais competitivo.

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